O segundo dia de atividades presenciais do IX Congresso Interno aconteceu nesta quinta-feira (9/12), com discussão do documento base pelos delegados divididos e 14 grupos. Foram dois turnos de debate, das 8h30 às 12h, e das 13h às 18h, nas salas de Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), no Campus Manguinhos. Depois da consolidação do texto com as contribuições pela Relatoria de Síntese, o documento será votado nesta sexta-feira (10/12), em duas sessões plenárias.
Organização do evento
As atividades presenciais estão sendo realizadas em três espaços: na Tenda Principal temporária, montada para o evento no estacionamento em frente à Escola Politécnica; nas salas de aula da Escola; e nas tendas já existentes no interior da EPSJV, na Praça Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva, construídas para a segurança dos alunos no retorno às aulas.
Apenas profissionais com o crachá do evento têm acesso aos ambientes. O controle garante que estejam presentes exclusivamente pessoas com o esquema vacinal completo e com teste diagnóstico molecular (teste de antígeno) negativo das atividades presenciais. A organização do Congresso distribuiu máscaras PFF2 para todos os participantes, com uso obrigatório durante todo o evento, inclusive nos ambientes abertos.
Tenda Principal
A Tenda Principal foi construída em grande escala, com 900m² e pé direito de 11m, a fim de aumentar a circulação de ar. Foram disponibilizados 350 lugares, garantindo distanciamento de 1m entre os participantes. O principal sistema de segurança pensado foi o tratamento do ar feito com base na ventilação. Segundo o engenheiro mecânico Bruno Perazzo, da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic), um grande ponto a favor da construção é o fato dela de ser vedada.
"Existem muitas frestas por onde o ar pode sair. As laterais da tenda não encostam no chão. Além disso, como a ventilação é mecânica ‘forçada’, temos a garantia da quantidade de ar que está sendo empurrado e entrando aqui no ambiente”, explicou. “Para isso, fizemos climatização com dutos de ar-condicionado e ventilação e instalamos um sistema paralelo de ventilação mecânica para forçar a troca de ar desse ambiente com o ar exterior, garantindo assim a renovação de ar, sempre utilizando os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, concluiu.
André Malhão, do Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde da EPSJV, falou sobre as portas laterais. “Estudamos várias possibilidades de reduzir a transmissão pelo ar, por isso também colocamos muitas portas laterais. Ou seja, a saída do auditório é obrigatoriamente ao ar livre. Pessoas que queiram beber água, trocar a máscara ou tomar um café deverão fazer isso na área aberta”, explicou.
Escola Politécnica
A Praça Luiz Fernando Ferreira, espaço de convivência da Escola Politécnica, foi inaugurada em agosto de 2020. As tendas são abertas nas laterais e tem ventiladores. O espaço tem banheiros e vestiário e é versátil: pode ser usado para a realização de eventos, prática de esportes e atividades pedagógicas, entre outros.
Para garantir a higienização das mãos, foram instalados totens de álcool gel e há lavatórios, construídos com a reutilização de materiais utilizados na obra - como estruturas de concreto, ferros e tubos. As cadeiras estão disponibilizadas com 1,5m de distância, garantindo o distanciamento físico entre os participantes.
O mobiliário é removível, inclusive as tendas que cobrem os espaços. Segundo André Malhão, o espaço pode ser utilizado por toda a Fiocruz. Ele acredita que as alternativas de adaptação utilizadas podem ser replicadas em outras instituições.
As refeições estão sendo servidas no ambiente aberto das tendas. Logo na chegada, os participantes já têm acesso ao cardápio, para facilitar a escolha e evitar aglomerações. As bebidas estão disponíveis nos congeladores disponibilizados nas tendas. “Tudo foi pensado e calculado. Por essa razão, os participantes não podem alterar a disposição do mobiliário”, explicou André.
A construção da praça foi fruto de articulação realizada pela Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI/Fiocruz) e apoio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e Cogic.
A obra foi executada pela empresa RAC, em contrapartida à Escola Politécnica ter cedido seu prédio como hospedagem, área de refeições e convívio dos trabalhadores da empresa durante a construção do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 - Instituto Nacional de Infectologia e da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19.
Salas de aula
Quinze salas de aula da EPSJV estão sendo utilizadas para as discussões dos grupos e trabalho da relatoria. Uma das vantagens dessas salas é a ventilação natural cruzada, que permite a entrada e saída do ar. Também foi adotada uma das estratégias recomendadas pela OMS, com aplicação de ventiladores de coluna em frente às janelas, para exaurir e aumentar a renovação do ar. As salas também contam com ventiladores de teto para aumentar a mistura do ar interno e evitar zonas de ar estagnado. As cadeiras têm distanciamento de 1 metro entre si. A utilização do elevador é restrita a uma pessoa por vez.
Trabalho Integrado
O trabalho integrado e intenso para a realização do IX Congresso Interno envolveu especialmente a Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic); a assessoria e o Setor de Eventos da Presidência; o Núcleo de Saúde do Trabalhador da Coordenação de Saúde do Trabalhador da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Nust/CST/Cogepe); a equipe da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); e a Comissão Organizadora do IX Congresso Interno.
Cobertura: Erika Farias e Leonardo Azevedo | Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz (CCS)
Fotos: Pedro Paulo Gonçalves (INCQS) e Peter Ilicciev (CCS)
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