A Fiocruz realizou, na manhã desta quarta-feira (8/12), a plenária de abertura do IX Congresso Interno. As atividades presenciais acontecem no Campus Manguinhos até sexta-feira (10/12) e encerram o processo de discussão de um documento guia para a gestão e que explicita o compromisso institucional com a sociedade. O Congresso Interno é o órgão máximo de representação da Fiocruz, convocado a cada quatro anos pelo presidente eleito pelos servidores.
“Nosso congresso tem por tema Desenvolvimento Sustentável com equidade, saúde e democracia: a Fiocruz e os desafios para o SUS e a saúde global. Esse título já encerra uma grande tese: a nossa missão de fortalecer o SUS com o conjunto das nossas ações; nossa missão de atuarmos como uma instituição estratégica do Estado, a serviço e a favor do desenvolvimento sustentável, da equidade e da democracia. E nosso papel no cenário internacional também se vale e se orienta por esses mesmos princípios”, afirmou a presidente Nísia Trindade Lima.
Emoção
“A instituição, desde a origem desse congresso, na gestão do grande Sérgio Arouca, sempre primou por não só fortalecer, mas incentivar o debate político e institucional tão importante para todos nós. É o que faremos nesse congresso, com o compromisso de pensarmos as grandes questões da nossa instituição”, afirmou a presidente. Ela ressaltou o expressivo número de contribuições ao documento base apresentadas pelas unidades, câmaras técnicas e coletivos da Fundação.
Nísia Trindade Lima falou da importância do fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação, “que precisa, neste momento, ser reafirmada em todas as frentes, em todas as dimensões”. A presidente compartilhou a emoção pela realização do evento, presente em todas as falas e no encontro de todas e todos. “Eu quero dizer que isso só foi possível em grande parte pelo trabalho do SUS em todo país, pelo trabalho da ciência e tecnologia e pelo trabalho de cada trabalhadora e cada trabalhador da Fiocruz”.
Mesa de abertura
Compuseram a mesa de abertura a presidente da Fiocruz; o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira; a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Mychelle Alves; e o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto. A plenária foi transmitida em tempo real com o canal da VideoSaúde no YouTube, com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Mario Moreira, afirmou estar emocionado por participar do primeiro evento presencial da Fiocruz desde o início da pandemia e ressaltou a satisfação de integrar a Comissão Organizadora. "Não me refiro simplesmente à infraestrutura que tivemos que montar para abrigar tanta gente nessas condições de segurança, mas sobretudo ao processo de construção dessa plenária, que se deu pela realização de excelentes seminários e confecção de um documento base, que vai nos orientar nas discussões desses três dias”, avaliou.
“Esse documento recebeu cerca de mil contribuições. `Pela avaliação da Comissão Organizadora e da Relatoria, traz para a gente um sentimento de confluência de ideias, de consensos a respeito do que a Fiocruz precisa fazer nos próximos anos”, destacou Mario.
Trabalhadores
A presidente da Asfoc-SN afirmou que a Fiocruz é uma instituição construída cotidianamente por servidores, terceirizados, bolsistas, estudantes e usuários dos serviços e produtos da Fundação. “A Fiocruz é a sua história, uma história que tem por marca de nascença pensar o país. Ela é escuta e investigação sobre as mazelas e os desafios de um país real. É também o país desejado e ainda por construir”, afirmou Mychelle Alves.
“Saúde, ciência, tecnologia, sustentabilidade ambiental e políticas de bem-estar e seguridade social se revelam como áreas fundamentais para a garantia de qualidade de vida e um desenvolvimento econômico inclusivo, apesar dos baques sofridos”, complementou. Por fim, a presidente da Asfoc-SN informou que o Sindicato da Fiocruz fará parte do quadro de entidades que integram a gestão 2022/2024 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Defesa do SUS
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto frisou que, mesmo diante do cenário atual e das inúmeras mortes evitáveis durante a pandemia, é importante pensar que o trabalho feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi fundamental para a saúde pública do país. “Foi em nome da vida e da democracia que o nosso SUS fez o que fez pela população brasileira”, afirmou. “Continuamos confiantes e com segurança de que são as vacinas que ajudam a salvar vidas”, disse.
Cobertura: Erika Farias e Leonardo Azevedo | Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz (CCS)
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