O IX Congresso Interno da Fiocruz se encerrou na tarde de sexta-feira (10/12), em plenária presencial realizada no Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. “Esse congresso não é para dentro: é uma afirmação do nosso compromisso com a sociedade”, afirmou, ao final, a presidente Nísia Trindade Lima. “Ao longo desse congresso, falamos dos princípios de autonomia e de soberania com a visão da diversidade. Não é possível pensar hoje um Brasil, desde a Constituição de 1988, sem pensar em sua pluralidade”.
“Quero agradecer a esse coletivo, a todos os que estão aqui, que fizeram esse novo congresso interno ser de fato bem sucedido, condizente com o nosso compromisso com a sociedade brasileira e com a equidade e a saúde global”, disse. “Viva a Fiocruz, viva o SUS, viva a democracia, viva o IX Congresso Interno da Fiocruz!”, discursou Nísia Trindade Lima, ao convidar os presentes a cantar o hino nacional.
Nos telões distribuídos pela grande tenda das plenárias foi projetado vídeo com a interpretação do hino na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Durante os três dias de atividades, os reencontros presenciais geraram muitos momentos de emoção.
Independência
A presidente falou sobre as comemorações da Independência do Brasil, em 2022. “Estaremos debatendo, refletindo e pensando se há o que comemorar nos 200 anos de Independência. Que seja um momento de reflexão e de fato de construção de uma sociedade plural, em que se valorize a democracia, a equidade, a ciência e a tecnologia como base de um projeto de país mais justo e mais equânime”, disse.
Nísia destacou os processos de decisão conjunta. “Neste momento, somos todos iguais, delegados e delegadas, observadores e observadoras. De nós depende esse belo caminho que, desde 1988, com a gestão de Sergio Arouca, tem como pilar a gestão democrática e participativa, da qual esse congresso é uma das maiores expressões”, afirmou Nísia.
Dia Internacional dos Direitos Humanos
As votações das plenárias do dia 10/12 foram conduzidas pelo chefe de Gabinete da Presidência, Juliano Lima, que abriu os trabalhos convidando o relator do IX Congresso Interno, o professor Emérito da Fiocruz Arlindo Fábio Gómez de Sousa, para falar sobre os encaminhamentos propostos.
“Queria lembrar que hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Da mesma forma, como diria Ulysses Guimarães, que levantou o texto da Constituição e disse ‘essa é a Constituição cidadã’, nós vamos poder, no final do dia, também levantar o nosso texto e dizer: ‘esse texto reflete a responsabilidade de cidadania que temos todos nós e a luta que temos diariamente pela consolidação e fortalecimento da nossa democracia. Essa é a diretriz principal do nosso relatório, que vamos levar depois ao conhecimento de todos”, afirmou Arlindo.
O relator lembrou das 1.083 contribuições prévias ao documento encaminhado para votação. “Durante o congresso, recebemos mais 896 contribuições. Quero dizer que isso representa o desejo de uma participação firme de todos os que estão aqui, representando o pensamento de suas unidades”, afirmou. Arlindo explicou que a Relatoria trabalhou para ser inclusiva com as contribuições e o resultado foi a apresentação à plenária de 85 pontos para votação de diretrizes e de dez teses – a última incluída durante os trabalhos em grupo. “Os dissensos são muito poucos”, afirmou o relator.
Agradecimentos
A presidente agradeceu a cada um e cada uma que atuou no processo, iniciado há meses com a discussão de um documento base, eleição de delegados e contribuições de toda comunidade Fiocruz ao texto debatido em grupo e votado em plenárias, presencialmente, dias 8, 9 e 10 de dezembro. E explicou porque certamente esqueceria alguns nomes: “Por uma razão: esse é um trabalho coletivo e tenho que agradecer a todas e todos que diariamente construíram esse congresso”.
Nísia pediu uma salva de palmas para Juliano Lima, que conduziu os trabalhos, e compartilhou duas imagens. A primeira foi a foto de autoria do fotógrafo da Coordenação de Comunicação Social (CCS) da Presidência, Peter Illiciev, finalista do 4º Concurso de Fotografia Mercosul. Intitulada A Cura, a imagem mostra o enfermeiro Flávio de Carvalho, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), durante campanha de vacinação contra Covid-19.
A segunda imagem foi a de uma árvore de Natal feita com frascos de vacina para Covid-19, num posto de saúde no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. “Que consigamos estar juntos em apoio à nossa sociedade, na nossa missão histórica de 121 anos”, disse Nísia. “Nos agradecimentos finais, queria falar do cuidado da organização, do acolhimento, agradecendo aos trabalhadores da Escola Politécnica, a toda a nossa equipe da Cogic, à equipe de Eventos, gabinete e a todos que atuaram aqui”, concluiu.
Cobertura: Claudia Lima (Coordenação de Comunicação Social-CCS/Presidência) | Fotos: Pedro Paulo Gonçalves (INCQS)
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