Elisandra Galvão
Bio-Manguinhos - Na manhã de sexta feira (30/3), no auditório da Escola Nacional de Saúde Pública, houve um dos debates mais empolgantes do ciclo de seminários preparatórios para a Plenária Extraordinária do VI Congresso Interno. “Esse foi o melhor debate porque contou com o contraditório”, elogiou Paulo Ribeiro, professor da Escola Politécnica e ex-presidente da Asfoc-SN. O tema do seminário foi A gestão de pessoas na Fiocruz – situação atual e cenários no modelo com subsidiária. “O objetivo do encontro foi abordar a questão da gestão de pessoas de maneira mais ampla”, esclareceu, na abertura, o mediador Arlindo Fábio, superintendente do Canal Saúde,
A dinâmica consistiu em o diretor de Recursos Humanos da Fiocruz, Juliano Lima, fazer uma apresentação e o ex-presidente da Asfoc-SN comentar pontos relevantes. Em seguida, o debate foi estabelecido com a plateia, que contou com a presença do diretor do Instituto Carlos Chagas, Mario Moreira; do diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva; dos vice-presidentes de Gestão e Desenvolvimento Institucional e Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Pedro Barbosa e Valcler Rangel; do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto.
Juliano analisou problemas, desafios estruturais e questões imediatas como a gestão do trabalho e pessoas, melhoria incrementais de alta e baixa governabilidade, os cenários no modelo com a subsidiária. Também lembrou que os servidores de nível médio não têm gratificação e isto deve ser resolvido. “Há mudanças que podem ser feitas e dependem da governabilidade interna. Outras não”, frisou. Ele alertou para o fato de a Fiocruz ter feito apenas cinco concursos em 20 anos e que há 57 empresas privadas administrando parte da força de trabalho na instituição. “Temos uma multiplicidade de vínculos: 4.780 RJU, 4.792 prestadores de serviços diretos, 2.336 terceirizados e 233 projetos sociais”. Juliano acredita que uma melhoria na governabilidade é fortalecer o plano de carreira.
Entre as vantagens com um conglomerado Fiocruz, destacou a criação de carreira e cargos da subsidiária, a de um estatuto interno da entidade, maior autonomia, flexibilidade na estruturação e gerenciamento, e adequação oportuna às necessidades e negociações.
Ao comentar as questões apontadas por Juliano, Paulo Ribeiro defendeu que a área de recursos humanos é a que será menos impactada na prática com a criação da subsidiária. “A discussão não pode ser desvinculada da economia e política”. Ele afirmou ainda que é preciso considerar a realidade atual do Estado. “É o momento de fortalecer o nosso processo democrático, participativo, direto”.
O debate contabilizou 747 acessos dos internautas durante a transmissão ao vivo. Assista os vídeos disponibilizados pelo Canal Saúde: parte 1 (apresentação de Juliano, comentários de Paulo Ribeiro e início do debate) e parte 2 (continuação do debate).
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