Câmara Técnica Assessora se reúne pela primeira vez

Criada por decisão da Plenária Extraordinária do VI Congresso Interno, a Câmara Técnica Assessora se reuniu pela primeira vez na tarde desta terça-feira (5/5) na Residência Oficial, no Campus de Manguinhos. A Câmara é formada por representantes de todas as unidades da Fundação indicados pelos conselhos deliberativos dentre os delegados do Congresso Interno e vai trabalhar como órgão assessor do Conselho Deliberativo.

Até agosto, a Câmara deverá apresentar uma minuta de projeto de lei autorizativo para constituição de empresa pública controlada (subsidiária) para Bio-Manguinhos e um programa de mudanças incrementais para a Fundação, especialmente em relação às discussões sobre o projeto do novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação. O encontro teve a participação de 26 dos 27 integrantes, contando representantes das unidades regionais, por webconferência.
 

 

Nova plenária em agosto

Foram formados dois grupos de trabalho: um para elaboração da minuta do projeto de lei de criação da subsidiária para Bio-Manguinhos, que deverá contar com o apoio jurídico da advogada Lenir Santos, especialista em direito sanitário; e o segundo para tratar das propostas da Fiocruz para o projeto do novo Código, em debate no Senado. O primeiro informe dos trabalhos será apresentado na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Fiocruz, dias 5 e 6 de julho.

Para cumprir a decisão do VI Congresso Interno, a nova Plenária Extraordinária deverá acontecer na terceira semana de agosto (13 a 17/9). Ainda serão definidos quantos e em que dias ocorrerão os debates e votações. O relatório final da última Plenária, realizada entre 9 e 12 de maio, deverá ser concluído e divulgado na próxima semana. Todos os documentos de base da nova fase de discussões serão postados no site do VI Congresso Interno.

Código de Ciência, Tecnologia e Inovação

Os integrantes da Câmara se mostraram preocupados em ter um levantamento das discussões já realizadas na Fundação sobre o Código de Ciência e Tecnologia no âmbito da Fundação – o Projeto de Lei 2.177/2011, apresentado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pelo Conselho Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia em tramitação no Congresso Nacional. O objetivo da proposta é diminuir a burocracia para pesquisa e estabelecer incentivos para as empresas investirem em inovação.

 “Essa discussão vai exigir uma dedicação intensa nossa, tanto da Câmara Técnica Assessora quanto das demais instâncias em que o Código está sendo debatido”, pontuou o presidente Paulo Gadelha. Gadelha disse que a presença de representantes da Fiocruz na audiência pública sobre o tema promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado em 30/5, foi bem recebida.

“O projeto trabalha modificando 12 legislações, algumas já tradicionais do ponto de vista do enraizamento, como a Lei 8.666. Queremos que a Fundação seja protagonista nessa discussão”, afirmou o presidente. O vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Pedro Barbosa, ressaltou o limite de atuação da Câmara em relação ao tema, já que o projeto de lei é muito amplo e não será votado ainda este ano. “Teremos um posicionamento político da Fiocruz em relação ao Código”, ressaltou.

Portaria interministerial

A vice-presidente da Asfoc-SN, Justa Helena Franco, que representou o presidente Paulo Garrido, perguntou sobre a anulação da Portaria Interministerial nº 900. Publicada no Diário Oficial da União de 9 de maio, a portaria criou um Grupo de Trabalho para “analisar a reordenação jurídica, institucional e a estrutura da Fiocruz, com vistas a elaborar estudo referente à instituição do conglomerado Fiocruz e da Companhia Brasileira de Biotecnologia em Saúde Biomanguinhos” e motivou uma moção do VI Congresso Interno.

Paulo Gadelha informou que, a pedido da Presidência da Fiocruz, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conversou pessoalmente com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belquior. Depende da ministra assinar a revogação, solicitada por ofício pela secretária-executiva do MS, Márcia Amaral. “É fundamental que seja revogada. Estamos atuando considerando que essa portaria não existe”, disse Gadelha.

Câmara Técnica Assessora

 

Texto de Claudia Lima, fotos de Peter Ilicciev